Os servidores do Departamento de Trânsito do Tocantins (Detran) investigados por um suposto esquema criminoso, especializado em emitir documentos aparentemente legais para carros roubados e furtados, foram afastados pelo órgão. O Detran também abriu processos administrativos contra os suspeitos e suspendeu três empresas investigadas.
As portarias de afastamento e suspensão foram publicadas no Diário Oficial do Estado nº 5.552, desta quarta-feira, 26. O caso foi investigado na Operação Dolos, executada pela Polícia Civil do Tocantins, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores – DERFVRA, juntamente com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO e a Polícia Militar.
Em nota, o Detran informou que, através da corregedoria do órgão e do setor de inteligência, tem colaborado com esta investigação nos últimos oito meses, o que ocasionou nestas prisões e apreensões. O órgão ressaltou também que abriu um processo administrativo disciplinar para apurar a possível participação de empresas e servidores nos fatos investigados pela Polícia Civil, suspendendo, preventivamente, os serviços das empresas e afastando os servidores envolvidos. "Qualquer outra informação só será divulgada após a conclusão dos inquéritos, pois, estes são sigilosos", antecipou em nota.
Entenda - Na manhã do último dia 12 de fevereiro, a Operação Dolos cumpriu mandados de prisão preventiva contra sete pessoas e de busca e apreensão em 12 endereços nas cidades de Araguaína, Tocantinópolis e Wanderlândia, no Norte do Estado. Entre as pessoas presas preventivamente durante a operação, estão servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), empresários que atuam na área de emplacamento de veículos e despachantes, tendo sido cumpridos cinco mandados em Araguaína, um em Tocantinópolis e um em Wanderlândia.
Entre os alvos dos mandados de prisão preventiva estão servidores de circunscrições regionais (Ciretrans) do Departamento Estadual de Trânsito- Detran, despachantes e empresários que atuam na área de emplacamento de veículos e despachantes situados nas cidades de Araguaína, Tocantinópolis e Wanderlândia. Além dos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão expedidos, a Justiça autorizou também a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos supostos envolvidos.
Autor: Redação AMZ Noticias