Unilivre apresenta projeto na COP 28 para recuperação da bacia do rio Araguaia
Uma proposta para recuperação da Bacia Hidrográfica do Alto Rio Araguaia, que banha os estados de Mato Grosso, Tocantins, Goiás e Pará, será apresentada pela Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre) durante a conferência do Clima, a COP 28, que iniciou na quinta-feira (30.11) em Dubai, nos Emirados Árabes. O projeto “Juntos pelo Araguaia” já está em execução e é o maior programa de recuperação ambiental em execução no país.
Durante o evento, promovido pela ONU, técnicos da Unilivre vão apresentar detalhes do projeto que prevê a recuperação de 10 mil hectares de matas ciliares. O trabalho de recomposição florestal está sendo desenvolvido com ações de conservação do solo e água, engajamento social, enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e fortalecimento do agronegócio.
As ações são integradas e complementar e tem como foco principal a revitalização da bacia hidrográfica do alto rio Araguaia. Com 2.627 quilômetros de extensão, o rio Araguaia pertence à bacia amazônica e marca a divisa dos estados de Mato Grosso e Goiás, Mato Grosso e Tocantins e, ainda, Pará e Tocantins, desaguando no Rio Tocantins.
O biólogo Durval Nascimento Neto, técnico da Unilivre, explica que o projeto “Juntos pelo Araguaia” é muito importante e ao mesmo tempo ambicioso. “A sua execução já é uma referência para outras regiões no planeta, por isso está entre as ações que a Unilivre apresentará na COP 28”.
ALTO XINGU - Além dessa ação, a Unilivre, baseada em Curitiba (PR) também apresentará outros dois projetos: a revitalização do rio Iguaçu e o reflorestamento do Parque Nacional do Xingu. Considerado o maior rio totalmente paranaense, o rio Iguaçu tem 1.370 quilômetros de extensão e só possui 7,2% da vegetação original, segundo levantamento da ONG SOS Mata Atlântica. O plano da Unilivre prevê a recuperação ambiental das nascentes em Curitiba e recuperação das matas ciliares na região da capital paranaense até São Mateus do Sul.
O projeto do Xingu prevê ações de reflorestamento em áreas devastadas pelas populações indígenas residentes no Alto Xingu com a recuperação da zona de amortecimento, ocupada por fazendeiros de soja. O projeto une desenvolvimento sustentável com formação social. Importante área de preservação que une os biomas do Cerrado e da Amazônia, o Parque está ameaçado pelo desmatamento e pela degradação ambiental.
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