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O estado de Mato Grosso precisa qualificar cerca de 315 mil pessoas para conseguir atender a demanda do mercado de trabalho nos próximos três anos. os dados estão em um estudo do Observatório Nacional da Indústria (ONI) divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nessa sexta-feira (18). De acordo com o estudo, 48 mil novos profissionais devem ser formados e outros 268 mil, que já estão no mercado, precisam de requalificação.

A última projeção divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em agosto deste ano, aponta que Mato Grosso é o único estado do Brasil que não terá a população encolhida até 2070. Os números, segundo o sociólogo e professor de economia na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Mauricio Munhoz, são uma consequência da dinâmica econômica do estado, que está em crescimento devido à oferta de empregos.

"Mato Grosso tem muita perspectiva de crescimento, não só no agronegócio, mas também com a industrialização e o setor de serviços, que está muito dinâmico e em crescimento", pontuou. O último Censo (2022) aponta que o estado tinha 3.658.813 habitantes. Em 2070, esse número deve saltar para 5.265.603 habitantes (+43.91%)

Qualificação x Requalificação - Os 48 mil novos profissionais apontados na projeção devem estar preparados para atender o ritmo de criação de empregos e também repor trabalhadores que devem deixar o mercado de trabalho formal a partir de 2025. Já outros 268 mil trabalhadores precisam de novos treinamento e desenvolvimento para atualizarem as competências nas funções que já desempenham na indústria e que também são demandadas por outros setores no país.

Entre as competências que os profissionais precisam atualizar estão: Hard skills (habilidades técnicas como domínio de máquinas, equipamentos e softwares); Soft skills (competências comportamentais como pensamento crítico, inteligência emocional, criatividade e inovação) e ações de saúde e segurança no trabalho (como inspeção de instalações, normas e regulamentos).

O Mapa do Trabalho Industrial aponta que as áreas de logística, construção, manutenção, metalmecânica e alimentos devem ter uma maior necessidade de profissionais nos próximos anos.Logística e Transporte (85 mil): cargos de técnicos de controle da produção, motoristas de veículos de cargas, almoxarifes e armazenistas, entre outros.

O setor de Agropecuária (36 mil) trabalhadores para tuarem na mecanização agrícola, de apoio à agricultura, da mecanização florestal, extrativistas e reflorestadores de espécies produtoras de madeira, entre outros; A construção civil com cerca de (32 mil): cargos para suprir a demanda de operador de máquinas de terraplanagem, ajudante de obras civis, trabalhadores de estruturas de alvenaria, fundações, entre outros;

A Manutenção e Reparação necessitará de (30 mil): vagas para mecânicos de manutenção de veículos automotores, trabalhadores operacionais de conversação de vias permanentes (exceto trilhos), eletricistas de manutenção eletroeletrônica, e muito mais; Alémd eles o setor de Alimentos e Bebidas deve ofertar cerca de (27 mil): vagas para magarefes, trabalhadores na fabricação e conservação de alimentos, na degustação e classificação de grãos e afins, supervisores da fabricação de alimentos, bebidas e fumo, entre outras.