Advogada afirma que atual gestão da OAB Mato Grosso só lembra da periferia quando precisa da anuidade ou de votos
Umas idealizadoras do projeto OAB Start, a advogada Marcela Florência utilizou as redes sociais para fazer duras críticas a atual gestão da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT). Segundo ela, que atua no bairro Pedra 90, a administração da candidata à reeleição Gisela Cardoso priorizou os gastos com festas luxuosas enquanto jovens advogados de bairros periféricos foram esquecidos.
Marcela aponta que a chapa de Gisela só lembra dos advogados dessas regiões quando precisa do pagamento da anuidade ou de votos para se manter no poder. “Quando a chapa Nova OAB propõe uma verdadeira mudança, vocês ficam incomodados. Nós, advogados da periferia, pagamos a mesma anuidade que vocês, temos a mesma carteira, nosso voto tem o mesmo peso. Então, exigimos respeito e representatividade”, expressou ela.
A fala ocorreu em resposta a uma publicação em que a também advogada Meire da Costa Marques, que concorre à eleição pela chapa de Gisela, ironiza a proposta de ampliação da OAB Start, afirmando que a iniciativa já existe. Mesmo sem apresentar qualquer exemplo ou dados que confirmem a informação, Meire argumentou ainda que há orçamento de sobra para expandir o projeto.
Entretanto, para Marcela Camargo a afirmação não passa de um discurso vazio ou proposta de vitrine em período eleitoral. “Preferiram gastar em festas de luxo, eventos para elite, para os amigos de alto escalão. Enquanto isso, os jovens advogados do Pedro 90, do Osmar Cabral, Tijucal, Santa Teresinha e tantos outros bairros, continuam esquecidos. A verdade é uma só. Vocês, da Chapa 1, não se importam com a gente”, disse.
Na publicação, Marcela explicou ainda que o projeto OAB Start nasceu no bairro Pedra 90, criado por jovens advogados da região que enfrentam dificuldades por estarem localizados distantes da região central. A ideia é garantir, de forma gratuita, espaços compartilhados e estruturados para advogados e advogadas que estão iniciando na profissão e ainda não possuem escritórios próprios.
“Enquanto nos últimos anos a advocacia periférica enfrentava suas lutas, sem apoio e sem estrutura, a senhora diz que tem dinheiro, que tem orçamento de sobra? Se é assim, por que não vieram fazer isso antes? Foi a chapa Nova OAB que acolheu nossa ideia, nos escutou, aprimorou o projeto junto com a gente e já lançou o mesmo modelo no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande”, completou.
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